Hoje se fala tanto em programação visual, designer gráfico, identidade visual, que impressiona quem não é do ramo, acreditam que estamos cheios de profissionais de ponta, primeiro mundo, sabem muito, etc,etc,...tsc. Ledo engano! Não serei leviano de dizer que não existem bons profissionais, claro eles que existem, mas o mercado e a ansiedade de realizar as coisas o mais rapidamente possível, afastam o designer da sua real arte: A arte de projetar! PROJETO = DESIGN, lembram? Parece que esqueceram a alma do nosso negócio, all right!? Bom chega de filosofar, vamos ao que interessa: Identidade Visual de Frota. Claro que vai aparecer um engraçadinho e vai achar que aquele envelopamento que fez para a empresa XYZ é o que se chama identidade visual de frota mas, sinceramente, aquilo não é nada de projeto, pode ser um elemento de arte mas projeto?!...
Vamos tomar como base que design é projeto e designer é o projetista, deduz se que um layout sem cotas, ancoragens e dimensionamentos é uma ilustração sobre uma tela onde a mídia é a lataria do veículo,ok!...
A primeira padronização complexa que realizei começou com transporte alternativo em meados de 2000, quando a ausência do estado como órgão fiscalizador permitiu o avanço desse tipo de transportes sem regras. Em muitas ocasiões de minha vida profissional me vi diante padronização da I.V. de frotas, onde as características da frota me permitiam elaborar um único projeto, haja visto que os veículos eram sempre os mesmos modelos, mas na área de transporte alternativo de passageiros de uma grande cidade, como a minha, o buraco é mais embaixo, o padrão é não ter padrão. Em meados do ano 2000 nos foi solicitado um layout de I.V. que englobasse esse novo tipo de transportes. Que moleza, pensamos!!!Que nada! Naquela ocasião já existiam alguns modelos de Vans e furgões de passageiros, poucos se comparados com os de hoje, mas nenhum desenho técnico deles e muito menos um arquivo no GOOGLE que pudéssemos copiar(né geração Ctrl+C/Ctrl+V!). Solicitamos, também, as fábricas que nos enviassem os modelos mas, o tempo passava e nada! Então eu e Gustavo Goulart (arquiteto), fizemos o que hoje dificilmente um colega atual faria, fomos a uma loja de automóveis, fotografamos (fotografia tradicional, nada digital!), medimos umas Vans, furgões, revelamos os filmes e através de uma regrinha de três básica tendo como base pneus e/ou janelas, fizemos os desenhos proporcionais a realidade. Uma vez ou outra conferíamos com o modelo real para tirar uma dúvida.
Ahhh...você deve estar perguntando porque da cor azul e vermelha, em dois modelos aqui do BLOG, simples, eram as cores oficiais do governo municipal na ocasião(arghhh!...).
(continuarei...)
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