quarta-feira, março 12, 2014

Dispositivo temporários de trânsito

O Código de Trânsito Brasileiro prevendo despesas desnecessárias com sinalização gráfica vertical em intervenções temporárias (obras, operações de trânsito, emergências,etc...), abriu exceções para utilização de materiais diversos nestes tipos de situações. O objetivo maior deste tipo de sinalização é de alertar aos condutores sobre situações temporárias e especiais, tais como: operações de trânsito, bloqueio e/ou canalização do tráfego, proteção aos pedestres, trabalhadores na pista, equipamentos, etc,...Um modelo de sinalização de baixo custo para intervenções, com materiais e equipamentos reaproveitáveis ou não. Esses dispositivos são, em regra, nas cores laranja e branco, no entanto não existe uma legislação bem definida para sua utilização. É aí que entrarão meus comentários e críticas.
Os tipos de dispositivos são:

  • Cones;
  • Cilindros;
  • Balizador móvel;
  • Tambores;
  • Fitas zebradas;
  • Cavaletes;
  • Barreiras;
  • Cancelas;
  • Tapumes;
  • Gradis;
  • Bandeiras;
  • Faixas;
  • Etc,
No momento falarei sobre faixas, haja visto que elas estão sendo usadas indiscriminadamente nas obras da cidade do Rio de Janeiro, porém sem técnica e sem observação de critérios mínimos de segurança. Segurança para faixas? Você deve estar se perguntando! Isso mesmo: SEGURANÇA! Explicarei a seguir e o porque da minha preocupação.Estas faixas que são confeccionadas em lona night and day, lonita, pvc, etc...e cada um desse materiais possuem um peso diferente e uma resistência maior ou menor as intempéries.
Começaremos avaliando o peso:
Uma lona night and day pesa aproximadamente 440 gr/m² ou mais, que acrescido de tubetes ou sarrafos, ilhóes, cordoamento, com dimensões mínimas de 0,70 X 7,00(padrão de faixas)...temos um valor aproximado de 5,5 kg de peso para uma faixa de 4,9 m² ou 7 metros lineares e que tendo em vista as larguras de nossa ruas, seria considerada uma faixa pequena...Cara, aonde esse cara quer chegar?Você deve estar pensando! Calma, que eu vou chegar lá!
Continuarei mais tarde...

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Templates?

Caros: Já disse e repito, não vou criar templates para facilitar a vida de ninguém! Templates podem ser um quebra galho mas que acabam virando vício, estudem, projetem, pensem, essa é a melhor maneira de evitar templates. Vocês são capazes!
Abraço

terça-feira, fevereiro 18, 2014

Sinalização Gráfica Desinformativa de Trânsito - Falta de Informação Total

Cadê a calçada?
Resolvi começar a escrever com esse título:Sinalização Gráfica Desinformativa para Trânsito/Transportes - Falta de Informação Total, depois de um passeio pelo centro do Rio. Estive andando pelo centro da cidade do Rio, que virou um grande canteiro de obras, e fiquei bastante preocupado com a sinalização gráfica empregada na cidade. Se eu, que sou carioca, nascido e criado aqui, não entendi patavina, imaginem os turistas! Ela está confusa, nada informativa e, totalmente, desorientadora. Eu não sei quem propôs isso, mas com certeza não tem o expertise de sinalização urbana, acha que placa de publicidade é a mesma coisa que placa de informação de trânsito/transporte. Esquece que quando se faz uma sinalização deste tipo tem que pensar no todo, que a população é heterogênea, multifacetada e cada um tem uma interpretação diferente do autor. Tem que se desenvolver, projetar algo padronizado, simples e uniforme, não é para inventar placas de propaganda. Não deram nem ao trabalho de consultar quem sabe, foram fazendo como se fossem os donos do expertise e não são, lastimável! São bonitas? Criativas?...Algumas sim, mas a maioria nem isso! E, o pior, não desempenham o seu papel principal e a sua verdadeira função: INFORMAR!
Where is WALLY?!?!?!
Sinalização de trânsito/transportes tem que ser a mais óbvia possível, de preferência trabalhar com três tipos de comunicação: cor, iconografias e texto
Wally is here!
(tipologia bastonada, sempre). Deveriam, pelo menos, ter evidenciado nas placas para ônibus municipais, as cores dos consórcios da empresas e seus itinerários!...Ahhhh...mas daí teríamos que confeccionar vários modelos!? É isso mesmo???...É, oras!..Porque acham que os governos tem tanto gasto com esse tipo de sinalização? Além da depredação, tem o tempo de vida útil, intempéries, etc, etc,...
Esse tipo de sinalização urbana faz-se necessário respeitar a ótica, a ergonomia e a locação, duvido que tenham usado esses critérios, o critério deve ter sido: Onde da mais visibilidade política? Chato isso! E, na elaboração, com certeza usaram um programa gráfico qualquer (sem utilização de técnicas) e se basearam no olhômetro(WYSIWYG), claro que é muito mais rápido para conceber dessa forma do que ter que ficar pensado muito, diagramando, calculado tamanho de fontes e espaçamentos de letras, trabalhar com escala e ainda ter que ouvir os "entendidos" dar pitaco no trabalho do designer: Você não acha que essa fonte aqui poderia ser maior! Ihhh...essa cor, não tá legal!" E esse "mapinha", não dava para ser mais coloridinho e com mais desenhinhos?...tsc E o material empregado para confecção das placas? Esses nem pensaram!...algumas placas são em plástico(PVC/poliestileno) e já estão deformando com o calor, além de grandes demais e que ocupam, quase que, completamente as calçadas obrigando o pedestre andar no meio da rua. Uma "M"!...tsc Tem algumas colocadas a esmo e sem função nenhuma, perdidas no meio do nada, com as bordas em canto vivo, informando que você vai do nada, a lugar algum e direcionadas a ninguém, de tão mal posicionadas. Informa ao transeunte/passageiro nada de coisa nenhuma, lembrando muito o joguinho: "Onde está o Wally!"
Algumas placas indicam quais as empresas que param naquele local, mas não referenciam sua origem e o destino do transporte, passam a ideia que o ponto é da empresa de ônibus e estão bem distante do regulamentado pelo *CTB. Ruim demais!
Seria o sargento Garcia?
Ahhh...E tem também as placas dos **BRS, que não possuem padrão *CTB e foram desenvolvidas para quem tem menos de quarenta anos.Vide o tamanho das letras e a tipologia que em nada facilita a leitura para a galera com mais idade, por sua vez as placas são cheia de cantos vivos e causadores de possíveis acidentes e processos contra administração pública. É brabo!. São feias? De maneira nenhuma, precisa de alguns ajustes e redimensionamentos, também achei que algumas informações foram colocadas em posições extremamente altas, vi pouco uso de sinais universais ( isso percebi em todas as placas), maasss a sinalização do **BRS ainda se salva!...Já não posso dizer o mesmo das placas provisórias de PVC!...tsc
Ahhh...mas essas placas/painéis são provisórias! Diria um defensor, acontece que a sinalização de desinformação já está feita e a crítica também, não tomem como algo destrutivo mas como acréscimo.
O uso de mapas como parte integrante é louvável, mas ele sempre deve ficar alinhado, de preferência, com a sua locação, norteando a posição no mapa em relação a posição do observador (tipo: você está aqui ao contrário). Observei a ausência de pontos de referência nos mapas, tem pessoas que só se localizam assim (lembram da heterogeneidade da população?).Temos que lembrar que a grande maioria da população não tem o hábito de se guiar e de entender mapas, então é sempre bom colocar pessoal de apoio e treinado para informar o que está acontecendo ali, sempre com material gráfico para distribuição (lembrando que o material tem que ser bastante claro e sem firulas, isso não é propaganda, é informação ao contribuinte!). O mapa deve orientar e mostrar os caminhos a tomar pelo transeunte, com imagens, texto claro, itinerários para deslocamento a pé/ônibus, etc, etc,...depois de um tempo isso vira rotina e deixa de existir a
necessidade destas pessoas. Não acreditem que com aquelas soluções de aplicativos para smartphones que tudo está resolvido! Nossa população (na sua grande maioria) desconhece isso, não tem smartphones e nem sabe como usá-los! Não acredite (desenvolvedor/designer/publicitário) que você conhece o comportamento de toda população, você vai ver que na prática cada um tem seu entendimento, você tem que ir pela média e depois o boca a boca se encarrega de fazer o resto (nossa população é heterogênea, lembrem-se!).
Foto Jornal O dia
Outra situação que observei foi o uso de faixas de sinalização provisória e com o mesmo problema da falta de observação aos conceitos básicos da ótica e da ergonomia. As fontes estão condensadas, o que dificultam a leitura a distância, dependendo do posicionamento tendem a se aglomerar e quanto mais distante estiverem do observador mais difícil se torna a leitura, ela se transformam num bloco único num borrão (lembrem-se da heterogeneidade na maneira de perceber o texto). A sinalização vertical provisória é continuação da regulamentadora prevista no *CTB, então: Não invente! Outro complicador é o fato de estarem trabalhando todas em caixa alta, que se misturam e dificultam a leitura pelo fato de ficarem embaralhadas, as fontes empregadas não respeitam a proporcionalidade da velocidade da via em relação a sua altura(tem critério, sabiam?), enfim existe ciência na sinalização e foram simplesmente esquecidas, quer seja por desconhecimento ou incompetência, quem não pode pagar o pato são os contribuintes!
Não estou aqui para criticar, simplesmente, quero ver minha cidade como modelo em informação ao contribuinte e turistas, massss está difícil! Tem muito curioso na praça.
Quero deixar claro que tudo que postei sobre sinalização são normas e técnicas que já existem, não inventei absolutamente nada, nem estou aqui para julgar ninguém, me desculpem mas não sou cego!

*CTB = Código de Trânsito Brasileiro
**BRS = Bus Rapid System, “Sistema de Ônibus Rápido

Críticas ao fechamento

sábado, janeiro 11, 2014

quinta-feira, janeiro 09, 2014

Ergonomia e a ótica nas artes gráficas.

Tenho visto muito material impresso sendo despejado nas ruas, com pouco ou nenhum interesse de nossos designers gráficos em atentar para o aumento da idade média do brasileiro, começo acreditar que: ou
pensamos que nunca vamos envelhecer ou que vamos morrer antes ou que nunca vamos usar óculos!..tsc
Trabalho como designer há muitos anos e quando era mais jovem não fazia a menor ideia qual o grau das dificuldades oftalmológicas passadas pelas pessoas depois de uma certa idade, mesmo eu conhecendo a ergonomia e a ótica. Vergonhoso da minha parte!...Só fui, realmente, tomar ciência das dificuldades quando eu mesmo passei a fazer parte do grupo de usuários de óculos para leitura. Hoje, aproveitando o fato de trabalhar como designer para o governo e a possibilidade de mudar, passei a alterar o tamanho das fontes em meus trabalhos impressos, isso de maneira que todos possam lê-los com a menor dificuldade possível. Parece algo simples, certo? Mas não é, isso implica em atitude, boa vontade dos nossos administradores e, às vezes, aumento de despesa.Mas, como mudar? Vivemos em uma sociedade digital e efêmera, com seus aplicativos para celulares que sobem e descem no gosto da população, hoje o que é considerado "the best", amanhã nem tanto! Porque  vou me preocupar com material impresso?Tamanho de fonte? Sou jovem! Além do mais isso tudo muda!...Bem, o Rio de Janeiro(capital) tem hoje uma população estimada em 6.429.923 habitantes, sendo que a população com mais de quarenta anos, como está descrita no gráfico abaixo do IBGE do censo demográfico de 2010, aumentou consideravelmente e de acordo com um trabalho publicado na Revista Brasileira de Oftalmologia...a grande maioria de nós se enquadra no perfil da faixa etária com mais de quarenta anos e que pode vir a ser usuário de óculos para leitura, certo!? Com poder de compra, dificuldades para leitura sem óculos e muito material gráfico de difícil leitura! Não sou o dono da verdade, mas os números não mentem. Vejam:
IdadeRio de JaneiroRio de JaneiroBrasil
HomensMulheresHomensMulheresHomensMulheres
0 a 4 anos147.835143.369401.592390.8235.638.1545.444.151
5 a 9 anos201.020194.739555.463537.5287.623.7497.344.867
10 a 14 anos236.743229.824662.506642.5278.724.9608.440.940
15 a 19 anos233.567230.583638.420631.8568.558.4978.431.641
20 a 24 anos253.163255.544646.569656.2208.629.8078.614.581
25 a 29 anos269.306281.797665.139699.2098.460.6318.643.096
30 a 34 anos251.573272.882637.186685.5857.717.3658.026.554
35 a 39 anos221.671246.860566.803623.6226.766.4507.121.722
40 a 44 anos205.798233.893542.851600.0206.320.3746.688.585
45 a 49 anos200.210236.586515.808586.1395.691.7916.141.128
50 a 54 anos184.247225.882461.682537.7164.834.8285.305.231
55 a 59 anos152.282197.393374.767454.0903.902.1834.373.673
60 a 64 anos118.991160.131290.089363.1303.040.8973.467.956
65 a 69 anos84.926121.277206.333270.5342.223.9532.616.639
70 a 74 anos66.818104.035156.157220.1251.667.2892.074.165
75 a 79 anos47.09682.334104.218165.1811.090.4551.472.860
80 a 84 anos29.70260.52862.863115.785668.589998.311
85 a 89 anos12.80830.97826.87957.807310.739508.702
90 a 94 anos4.07312.1328.74922.553114.961211.589
95 a 99 anos9103.3492.0256.43331.52866.804
Mais de 100 anos1446193701.3777.24516.987
A tabela faz uma projeção para 2013 sobre a população de 2007..Pasmem! Reparem no quantitativo de pessoas com mais de quarenta anos!! Estamos envelhecendo!...Então porque não começar a nos preocupar com esse nicho? Essas pessoas que já estão com suas vidas mais ou menos definidas são usuárias de transportes?Sim!...São suárias de táxis? Também!...Porque não começar por aí? Enfim, este foi o gancho que usei para começar a mudar minhas colocações, afinal trabalho na área de trânsito/transportes e com muita vontade de mudar e de melhorar a qualidade de vida do carioca!
Mas como começar? Uma matéria publicada na Revista Brasileira de Oftalmologia sob o título: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA VISÃO, NA PRÁTICA DA LEITURA DIÁRIA, EM RELAÇÃO A FORMATAÇÃO DE TEXTOS (Março de 2010), me deu o subsídio desejado para seguir em frente. Na matéria fala-se sobre qualidade de vida, acesso a informação, presbiopia, leitura,etc...O texto baseado em uma pesquisa realizada no ambulatório de especialidades médicas do Hospital Estadual Mário Covas/SP, define qual os melhores tamanhos de fontes para leitura de acordo com a faixa etária, iluminação, etc,etc,...até chegar a um denominador comum. A obrigatoriedade para padrão mínimo de tamanho de fonte é inexistente em impressos comuns, mas existe uma lei que regulamenta e padroniza o tamanho da fonte para contratos de prestação de serviços e de compra e venda: Lei Federal nº11.785, esta estabelece o tamanho de letra 12 como mínimo.Como não temos estatísticas seguras sobre as idades dos usuários de transportes públicos coletivos e muito menos dos táxis, adotamos uma fonte um pouco maior que a prevista na média da pesquisa de idade em nossas tabelas de táxis e os resultados tem sido muito satisfatórios. Estamos empregando uma fonte corpo15 e bastonada para a tabela de tarifas taximétricas, o resultado está aí ao lado para vocês verem e depois compararem ao vivo.
Quero deixar claro que não estou fazendo apologia a governo algum mas positivando o conceito de ergonomia e da ótica em nossos trabalhos diários, o que deveria ser uma constante em nossos impressos.
Acho engraçado que são medidas pequenas para mudar a vida da população e ninguém se prontifica!...tsc

P.S.:Eu já havia publicado algo sobre o envelhecimento da população.
http://desenhografico.blogspot.com.br/2012/11/design-interativoassistivo-para-nova.html

Fontes:
IBGE

quarta-feira, janeiro 01, 2014

2014: ANO DE COPA, ANO DE ELEIÇÃO! Olhos abertos...

Ano da Copa, Ano de Eleições! Com certeza este será um ano de mudanças, começando pela preparação dos políticos para o pleito estadual e federal. Vai ser um vale tudo para se manter no poder, quem viver verá. Muita coisa já está se modelando para a eleição, inclusive a dança para colocação dos cabos eleitorais nas mais diversas posições dentro da grande máquina administrativa, surgirão soluções mirabolantes para problemas antigos e mesmo aquelas consideradas de boa escolha terá por trás o uso do poder para as escolhas de fornecedores, prestadores de serviço, consultores, etc....
Temos que manter nossos olhos bem abertos ou corremos o risco de não termos um Ano Novo Feliz !