terça-feira, novembro 20, 2012

Vaidade...

Vaidade
Acho tão engraçado alguns colegas de profissão, tem gente tão, mais tão vaidosa...que com vergonha de dizer que desconhece determinado assunto, me pergunta as coisas via e-mail ou como anônimo. Tsc!...Eu nunca tive vergonha de perguntar nada, acho que assim demonstramos interesse e, dependendo do tipo de pergunta, faz com que a pessoa que está sendo consultada pesquise mais para ter uma resposta bastante objetiva, ainda mais nos dias de hoje que temos vários "gênios" na internet, com a sua genialidade Ctrl C + Ctrl V.
Tenho citado alguns trabalhos aqui, postei material sobre eles e claro que falo apenas daquilo que desenvolvi e executei, não sou sabedor de tudo ou seria um gênio, estou longe disso, muitas das empreitadas que estão aqui descritas foram realizadas em equipe.
Não sei falar de assuntos que não me são afetos (ROI - por exemplo).
Querendo consultoria identifique-se que eu repasso seu e-mail para o profissional capacitado.
Abraço! 
P.S. A propósito a imagem ao lado, copiei na internet de um BLOG, que toca nesse assunto: "Vaidade"! Copiei de propósito ela retrata bem o que quero dizer, inclusive com relação a genialidade GOOGLE + Ctrl C + Ctrl V. Tem um link na imagem e conheça o conteúdo.

Wallpaper do BLOG

Ontem me fizeram algumas perguntas sobre o wallpaper do meu BLOG:
Fundo de repetição (definitivo)
  1. Quem havia produzido?
    Eu;
  2. Porque não coloquei elementos mais modernos como representação da profissão?
    O designer usa essas ferramentas para elaborar e finaliza no computador, não vejo com bons olhos projetar direto na tela (mas sei fazê-lo) e além do mais sou desse tempo, então porque não colocar um par de esquadros, transferidor, lápis, um PC do século passado, etc, etc ?...rs;
  3. Porque da opção das cores?
    Para lembrar minhas origens na prefeitura e sua I.V. (azul), mas testei outras e como gosto da minha escola resolvi fazer uma homenagem;
  4. Como criou o efeito de ladrilho sem deformar?
    Ahhhh, usei um macete!...editei em HTML e personalizei o formato de acordo com a média dos tamanhos de monitores wide 21', deve dar uma diferença pequena aqui e ali, massss...; 
  5. Qual foi o processo?
    Bom, primeiro fiz os desenhos no Corel, mas poderia ser em qualquer programa gráfico, Illustrator, FreeHand, 3D Studio,etc...; depois formatei-os em pixels, exportei em JPEG, editei no Photoshop, testei no DreamWeaver e salvei;
  6. Inseri a imagem pelo template do site, ajustei-a;
  7. Pronto, nada de mais.

Fundo em amarelo (teste)
Cabeçalho
Não estou usando
Confecção em Corel
Acho que, para quem não domina html, xml, dhtml, asp, java ou outra linguagem para internet, o ideal é optar pelos templates existentes nos provedores dos BLOG´s, são simples e fáceis de manuseio, o do blogspot é facílimo, experimente! E todos vem com um menu Help(ajuda) ensinando personalizá-los sem muita dificuldade. Mas se você quer fazer algo mais apurado em HTML e não sabe mexer em programação, não tente sem antes ter uma cópia dos códigos. ok?! Na internet existem várias dicas sobre HTML e editores gratuitos, mas cuidado tem muita porcaria, vírus, malwares, phishings, etc...tem um monte de gente mal intencionada querendo atrapalhar a vida alheia.
Tchauu!

domingo, novembro 18, 2012

Ambientação e decoração de PDV´s

Mascote da J&J

Móbiles dos mascotes
Agora que entrei nesse assunto de loja, percebi que fiz uma descrição suscinta do que realmente é um PDV, principalmente ao que tange a ambientação e decoração. Não posso deixar de usar como referência o PDV´s da linha infantil que projetamos eu e Orlando Lomardo para as redes de farmácia naquela período (2001 a 2008). Todo fundamentos básicos de marketing foram utilizadas nesse empreendimento: o visual, auditivo, o tátil e olfativo. Mas como assim? De que maneira? Usando elementos que compunham uma imagem limpa, objetiva, atrativa para o consumidor e facilitando sua percepção dos sentidos nos produtos expostos no mobiliário sem
competição entre os mesmos. É óbvio que na arrumação das mercadorias seriam dispostas de acordo com o grau de interesses dos fabricantes em parceria com o comércio, evidenciar este ou aquele produto era sazonalmente decidido de acordo com as necessidades do mercado. O uso da televisão (hoje tão comum), foi usada como uma ferramenta de entretenimento da criançada, ampliando o tempo de escolha dos produtos
Móbiles
sem se preocupar com a impaciência da criança em permanecer num mesmo local durante um longo período. Para compor a distração infantil, foi acoplado um vídeo cassete(coisa antiga, hoje seria um pendrive!) que fornecia um passatempo para a criançada com desenhos e um pour pouri de filmes infantis que, além de distraí-los, atuava como ponto de venda dos mesmos e sem ônus para o comércio e indústria, formalizando mais uma parceria comercial. Em suma tudo muito bem pensado e problema da concorrência entre produtos. 
O posicionamento das mercadorias no móvel/gôndola foi dimensionado em graus de importância e começando de baixo para cima. Essas faixas começavam pelo uso do gaveteiro como um mini depósito de reposição de mercadorias era o único posicionamento fixo, as demais faixas de mercadorias eram variáveis em função sazonalidade do mercado ou em função dos acordos comerciais entre indústria e comércio, a pessoa do repositor era peça fundamental nessa operação. Um móvel infantil com produtos tão coloridos e de grande valor agregado não pode ser considerada, apenas, a compra por necessidade ou então corremos o risco de só vender fraldas, era tudo muito bem pensado, sinalização diferenciada e com muito suporte de material gráfico. Móbiles no teto, testeiras promocionais coloridas, duratrans com backlight, brindes, sorteios e o Floor graphics no piso compunham a ambientação dos primeiros PDV´s. Após fixação da idéia do PDV, a parafernália foi diminuindo e ficando mais clean como descreveremos adiante. Numa primeira instância era carnavalesco propositalmente, corremos um risco imensurável de tudo dar errado e inveredarmos por um caminho sem volta: o descrédito na praça. O material gráfico, de ambientação, projeto do mobiliário,etc, etc,...ou seja toda parte de design era de minha inteira responsabilidade, mas o conteúdo, o posicionamento, as promoções, as ações de meshandising, etc...eram decididas entre a indústria e os representantes do comércio ou seja, era tudo um grande contrato de risco...
Móbiles
Móbiles
Móbile Balão
Planograma de instalação dos móbiles
Acho engraçado as avaliações que as pessoas dão para material visual gráfico: é bunitim!; bem colorido né?!; bem bolado; tão feio; tá bunitinhú; gostei; não gostei; etc...simples assim! Não fazem a menor idéia do trabalho que dá para produzir um material de qualidade, lamentável!...As crianças e mascotes do "Cantinho Infantil", por exemplo, as imagens não eram fornecidas pela indústria editadas ou produzidas, na maioria das  vezes vinham em baixa resolução ou retiradas de algum material gráfico já impresso ou outro método, tínhamos que editar e compor ou recompor cada uma delas, elaborá-las, enviá-las para aprovação e tudo isso com aqueles prazos exíguos. No caso dos encartes, especificamente, o material era separado pelo Orlando Lomardo da indústria ou diretamente do comércio, então era feito um recibo de retirada sobre nossa responsabilidade, este material era enviado para o fotógrafo Luiz Alberto Medeiros que fotografava com fundo chroma key, em alta resolução e depois eu editava, variando a definição para cada material. Algumas, felizmente, já existiam num catálogo em alta na página da indústria, que facilitava um pouco, mas a maioria das vezes erámos nós que executávamos tudo.
Mas enfim, dava tudo certo! O sucesso foi total e se expandiu, como veremos adiante e hoje virou lugar comum, acho que o mercado está precisando de um novo "UP" diferencial.

segunda-feira, novembro 12, 2012

Design interativo(assistivo) para uma nova pirâmide etária

Pirâmide etária absoluta
Clique para ampliar ou ir para IBGE 
Tenho acompanhado as estatísticas sobre a mudança da pirâmide etária brasileira e percebi a necessidade que nós população e, principalmente, nós designers discutirmos nosso posicionamento em relação a essa mudança radical de valores. O que estamos pensando em matéria de design para as faixas etárias ascendentes da população? Seja no que tange a industrialização de produtos para essa faixa, seja em acessibilidade, sinalização,etc...
Se observarmos as pirâmides gráficas do IBGE relacionadas ao assunto(muito interessante), veremos nossa população está envelhecendo e rápido, acredito que não estamos preparados para esse envelhecimento precoce.
Pirâmide por sexo e idade
Clique para ampliar ou ir para IBGE
A tecnologia pode ajudar? Mas de que maneira? Interatividade? Talvez!...Temos que analisar que essas faixas também possuem, em tese, uma situação financeira mais estável, também é consumidora, determinada e muito exigente.Acho que até o material gráfico deveria ser revisto! Tenho muita dificuldade em ler o material despejado pela indústria, as sinalizações mal feitas, jornais, manuais, bulas..., seja pela tipologia empregada, seja pelo tamanho da fonte, cor, etc...E ainda não cheguei na terceira idade! Acho que essa discussão é muito maior que apenas um texto de um blog, de uma profissão ou de um indivíduo, é uma discussão de todos.
Vamos começar pelo material gráfico, que parece ser o mais rápido e fácil de explicar:
- O tamanho das fontes usadas são de fácil leitura;
Na maioria das vezes, não! A tipologia ideal deve ser bastonada e a fonte nunca menor que corpo 12( e olhe lá!!!!);
- Manuais e catálogos são compreensíveis?
Acho que só para quem o elaborou, pior ainda quando o produto é fabricado na China acho que nem eles entendem o que escreveram ali;
- As telas touchscreen são de fáceis masuseio e entendimento?;
Para quem está entrosado com o meio tecnológico é bem simples, mas para o leigo e idosos, isso somado com as pictografias empregadas...tsc;
- Os pictogramas são inteligíveis?
Nem um pouco, até para alguns jovens;
- Sinalizações nas cidades informativas tem boa visibilidade?(não é de trânsito);
Que sinalização?!;
- Os mapas são turísticos são esclarecedores?
Qua mapa? Da onde?Isso é um mapa? Está de cabeça para baixo!...; 
- Etc...;
Acredito que nós designers, arquitetos, publicitários, engenheiros, etc...deveríamos nos reunir junto com as diversas camadas, desta nova sociedade, e elaborarmos um plano conjunto visando normatizar uma série de novidades que surgirão com esse novo perfil de sociedade.


ESTÃO ME COBRANDO A CONTINUAÇÃO DOS COMENTÁRIOS SOBRE  MATERIAL GRÁFICO PARA A NOVA PIRÂMIDE ETÁRIA, SÓ QUERO DEIXAR CLARO QUE ESTOU PESQUISANDO E O QUE VOU ESCREVER, REFLETE APENAS,A MINHA OPINIÃO PESSOAL, NÃO É UM POSICIONAMENTO DE ÓRGÃOS OU ASSOCIAÇÕES NORMATIVAS.
OBRIGADO!

quinta-feira, novembro 08, 2012

Conceito do "Store in Store"

O conceito do "Store in store" não é novidade, o que hoje virou uma febre da indústria e do comércio, existe há muitos anos, contrariando o que muitos, colegas, apresentam como inovador com esse tipo de merchandising. A idéia, basicamente, é a implantação de um PDV - ponto de venda, diferenciado dentro de uma loja, de preferência sem agredir, podendo ser uma gôndola, um espaço, um mobiliário, uma lojinha ou outro tipo de interferência diferenciado.
Proposta 1 (gôndola tradicional)
Móvel simples
No início do século XXI (parece que foi ontem), mais precisamente no ano de 2001, fui convidado pelo executivo de marketing Orlando Lomardo para desenvolver um projeto de parceria entre a indústria farmacêutica, que ele representava, e as redes de farmácias. O projeto que consistia em alavancar as vendas de uma linha infantil da indústria farmacêutica com um PDV diferenciado, ações múltiplas de marketing e mershanding. Para o leigo ou aquele que acredita que marketing não é ciência, logo imagina: "Oras, é só fazer um material de propaganda criativo e chamativo direcionado para as mães e crianças, alguns brindes, etc!"...Não  é bem assim! Tem toda uma ciência por trás e técnicas mistas e investimento. Dinheiro investido é dinheiro comprometido. Além disso tem cronograna de retorno do investimento ou então o investimento vira prejuízo. Mas como seduzir os consumidores? Como atraí-los para dentro das lojas? Qual seria o comportamento desse consumidor diante do inesperado? Como criar algo diferenciado e agradável, mas sem sair do convencional? Como esse mobiliário poderia alavancar as vendas? Como aplicar esse conceito sem agredir o resto dos expositores? As mães e futuras mamães tem que ter algum entretenimento? E crianças deverão ter uma área de lazer? Pensamos em várias soluções, play-grounds com entretenimentos(imagine a bagunça e um acidente?Crianças são imprevisíveis), jogos infantis, brindes,etc...Bem, como diria um velho ditado: Duas cabeças raciocinam melhor do que uma, no nosso caso eramos três(nós e a representante da rede). Enfim chegamos a uma conclusão: que tal um quartinho de Bebê, com tudo isso, mais toucador e sem o risco dos acidentes de um playground?! Óbvio, né! Que nada...ninguém ousava a sair do trivial, mas uma rede de farmácias inovadora e vanguardista, topou e emplacamos, assim, nosso primeiro trabalho.
Móvel sem ambientação
Móvel com ambientação parcial
Depois daquele brainstorm tradicional, com várias propostas de PDV, concluimos que o ideal era, além de criar um mobiliário típico de quarto de bebê, termos uma ornamentação e uma ambientação periférica e, assim, criamos uma gôndola com cara de mobiliário infantil! Ficamos entre o corner e o store, propriamente dito, como diriam os puristas de marketing. Então, desenvolvemos estantes para quarto de crianças, com gaveteiro, televisão, testeira coloridas, etc...e para diferenciar colocamos testeiras para dar um toque comercial na coisa...ficou horrível! Os primeiros estudos não foram os melhores eram agressivos demais, interferiam no fluxo das lojas, extrapolavam nas cores, enfim, não agradaram. E como faríamos para industrializar o mobilário, planejar os espaços de acordo com as diversas metragens sem onerar o preço? Fizemos um levantamento pensando no que havia de disponível no mercado:
  1. Displays de papelão;
    Mas ficaríamos presos as formatações, as diversas metragens de espaços e suas adequações,  a uma vida útil limitada.
  2. Gôndolas de aço;
    Horríveis, com cara de supermercado (porém bem mais baratas), pesadas demais para representar um quarto infantil.
  3. Display em acrílico ou spectar moldado com efeitos futuristas;
    Futuristas de mais e caríssimos;
  4. Móveis comuns de crianças;
    Lugar comum e não era um quarto de criança que queríamos.
  5. Móveis infantis planejados e articulados;
    Talvez estivesse aí a boa idéia.
  6. Etc;...
Em tese, tudo muito fácil! Fácil? Talvez para os dias de hoje, mas naquela época tudo era novidade e muito receio no investimento, afinal estávamos em pleno período de recessão.
Loja Barra Shopping
Floor Graphics Barra Shopping
Como o primeiro estudo não foi aprovado, partimos para um estudo mais profundo de observações sobre o comportamento das mães com ou sem bebê no colo, percebemos que criança não tem muita paciência para ficar muito tempo sentadas em frente a um objeto inanimado e sem cores. Eureka! Daí saiu nosso primeiro grande trunfo: TV com desenho animado! Grande novidade!?...diriam alguns dos marketeiros Ctrl C + Ctrl V. Hoje é mole e além do mais depois de implantado e testado tudo é fácil! Naquela época era na base do vídeo cassete, DVD tinha um preço distante. E o piso? Placas de EVA emborrachadas personalizados...grande idéia! Mas e o custo? A manutenção? E o perigo de uma criança se acidentar? Onde achar fabricantes que personalizassem o EVA em pequena quantidade? Atualmente você tem uma ferramenta chamada Google que se encontra de tudo em qualquer lugar do Brasil e do mundo, naquela ocasião era como tirar leite de pedra, difícil de achar e caros! Mas,enfim, encontramos uma solução rápida e barata: Floor Graphics, passadeira promocional ou outro nome qualquer em inglês, que alguns colegas adoram usar para impressionar. Sabe aquela propaganda adesivada no chão tão comum hoje (não era), só que ao invés de propaganda apenas , fizemos um tapete com motivos infantis agregados aos mascotes promocionais da marca !
Mascotes promocionais
Mascotes promocionais
O móbiliário era constituido de várias estantes/gôndolas brancas, sem cantos vivos, cantos boleados em tons pastel, uma testeira colorida, móbiles no teto, gaveteiros na parte inferior e backlights em duratrans. Eram realmente muito chamativos. Cada um dos ítens relacionados tinha um porque que descreverei adiante no detalhamento de ambientação.
O importante é que emplacamos nosso primeiro projeto, talvez vocês achem primário para os dias de hoje mas um grande mudança para a época. Criamos uma identidade visual para os produtos da linha infantil, crescemos saindo de apenas uma rede de farmácia para outras, criando uma nova forma de ver pela concorrência e alavancando as vendas. O projeto era tão bom que foi reproduzido(para não dizer copiado) na essência pelos concorrentes, achei uma imagem de um projeto que se não é idêntico é bem próximo do nosso.
Testeira Bonsucesso
Simulação
Móvel Bonsucesso

Móbiles Barra Shopping
Concorrente