Uma característica dos uniformes e roupas de trabalho advém da sua empregabilidade no dia-a-dia do usuário, algumas das características são bem clara na usabilidade dos uniformes militares, elas são provenientes das escaramuças nas primeiras guerras e são baseadas em peças para proteger áreas consideradas vitais para a vida, ferramentas de defesa e combate (armas). Os uniformes de trabalho seguem o mesmo conceito dos uniformes de campanha só que o foco é a produção, a industrialização e o inimigo são os acidentes de trabalho. Observe uniformes romanos e a indumentária da tropa de choque da polícia militar do Rio de Janeiro, veremos que, o básico, é bastante similar. Usei um uniforme militar como comparativo, porque as evidências são claras, objetivas e fazem parte do nosso dia, mas chegarei aos uniformes de trabalho.
A evolução dos materiais empregados para confecção acompanham a evolução das técnicas de tecelagem, da metalurgia, do curtume, da criatividade e, pasmem, da agricultura...Agricultura, como assim? você deve estar se perguntando! Mas vamos raciocinar e recordar que falei sobre tecelagem! Algodão, linho, ratan, cana-da-índia. etc...várias destas plantas foram usadas pelos nossos ancestrais para confeccionar roupas e artefatos, não é verdade! Então na substituição das peles nada mais óbvio que usar aquilo que a natureza nos dá e tecer. O pau-brasil foi usado durante séculos como forma de tingimento dos tecidos, mas infelizmente o homem agricultor (na antiguidade), acreditava que cultivar a terra era coisa para fracos, era preguiçoso, extrativista e nômade, estamos quase levando a extinção essa árvore que nos batizou. Hoje o somatório de técnicas, materiais, evoluiu e avançamos na tecelagem industrial, com o advento de outros materiais, inclusive o plástico, evoluimos e hoje existe uma infinidade de possibilidades, mas tudo começa na sagacidade e na necessidade do homem para se adaptar ao meio.