terça-feira, dezembro 18, 2012

Query Code ou Quick Response Code ou Código Bidimensional


QRCode
QR- Code
Query Code ou Quick Response Code ou, apenas, Código Bidimensional existe desde 1994 e foi, primeiramente, usado para identificação de peças de automóveis. No Brasil sua primeira aparição foi em 2007 numa propaganda de uma loja de eletrônicos e depois em 2008 numa campanha de uma operadora de telefonia celular*. A Prefeitura/SMTR através de um de seus fornecedores utiliza o código em dos seus impressos mas sem muita convicção.Tento de desde 2007 implantar (com seriedade) em nossos trabalhos o elemento, mas esbarro na desinformação,dificuldade em encontrar aparelhos que venham de fábrica com o programa instalado e desconhecimento (leia: Qr-code).Ontem (19/12/2012) saiu uma matéria num telejornal sobre o uso do QR-Code, a matéria passava a idéia como se fôra uma grande novidade, o que sabemos que não é, mas serve para impulsionar, ampliar o conhecimento e aumentar a utilização desse elemento de codificação.
Os códigos de barras convencionais são capazes de armazenar um máximo de aproximadamente 20 dígitos, QR Code é capaz de lidar com várias dezenas a várias centenas de vezes mais informação. QR Code é capaz de manipular todos os tipos de dados, tais como caracteres numéricos e alfabéticos,símbolos binários e códigos de controle. Até 7089 caracteres podem ser codificados em uma etiqueta de papel, já pensou?! Dá para fazer muita coisa, você pode colocar um texto, um símbolo, um alfanumérico ou uma URL, dentre outras coisas.

Fonte: *Wikipedia

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Boneco articulado (conditio sine qua non)

Boneco articulado
Estou abismado com o número de profissionais de "design" que não sabem desenhar, não é desenhar para ser um ilustrador e nem um artista plástico, mas para ter o mínimo necessário de habilidade para rascunhar seu projeto no papel e , que além do fato de ser prazeiroso projetar suas idéias, é parte obrigatória em nossa formação.Outro dia, conversando com um ex-estagiário, soube que hoje não é exigência e, em algumas faculdades, a prova de habilidade específica para arquitetos, designers e publicitários(Diretor de Arte) não é obrigatória e algumas nem tem aula relacionada ao desenho convencional!!...Convenhamos é um absurdo, não demora muito e teremos o mesmo problema de desqualificação na formação dos novos profissionais. A necessidade mercantilista de algumas faculdades, simplesmente atropela isso, forma um monte de rapazes e moças se intitulando designer/arquitetos/publicitários sem nem saber o verdadeiro significado das palavras e que, com certeza, irão ficar com um diploma embaixo do braço, desempregados, frustrados por terem perdido tempo e dinheiro num curso que não lhes acrescentou absolutamente nada. Acho que os cursos profissionalizantes do tipo SENAI/SENAC , deveriam ser conditio sine qua non na aprendizagem, quem sabe não posssam fazer uma parceria com os cursos de ensino médio? Evitaríamos, assim, o despejo de vários graduados sem perspectiva e com total desconhecimento da área, conheço muitos! Aproximar a graduação da realidade que o mercado exige é legal, mas não fugir da essência da profissão é imprescindível. Eu trabalho com computadores desde 19...., sei que é uma grande ferramenta mas trocar a habilidade manual do indivíduo pela máquina, não dá! Tem que conciliar...
Acredito que os futuros aprendizes, depois de passarem por uma etapa profissionalizante, com certeza irão olhar com outros olhos o boneco articulado aqui postado, então entenderão e valorizarão sua existência.

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Guiloches, fundo numismáticos (medalhão), florais, etc

Imagem meramente lustrativa


Imagem meramente lustrativa
Para você que quer algo de fácil manuseio para criar guiloches, esse programa roda no windows e tem vários plugins:  Cerberus, tem que ver se compensa comprá-los. Mas qualquer programa vetorial, criatividade e paciência faz guiloches, antigamente não existiam e se fazia do mesmo jeito. Até em AutoCad, Illustrator e Corel você consegue fazer, inclusive duplex, depende do prazo para entrega,

porque dá um pouco mais de trabalho; além do que quem dá a segurança não é o desenho do guilhoche e nem a complexidade dos florais, o que dá segurança é o processo de impressão e suas tintas especiais. Hoje existem tintas com DNA e mais segurança é impossível. Qual a finalidade do guiloche? Você vai usar em que? Gráficas comuns não fazem impressão fiduciária e de segurança.Vivemos num mundo digital, da pressa e da ansiedade, com ferramentas poderosas que reproduzem o trabalho artesanal do profissional de design, mas o conhecimento técnico é imprescindível e nenhum software substitui, além de estético digital, o saber desenhar. Designer de computador não existe, a palavra designer significa projetar e para saber projetar com qualidade tem que ter noções de desenho seja qual for sua especialidade. Hoje vejo um monte de "colegas" se intitularem designers que não sabem traçar uma linha reta e que, numa situação de aperto, se
perderem a ferramenta "microcomputador", irão morrer de fome. Os colegas tem que lembrar que o micro é uma máquina e, como toda máquina, está sujeita a panes e falta de energia, então nunca esqueçam que somos profissionais da prancheta e que essa é a nossa origem!
Abraço

Oscar Niemeyer

Não poderia deixar de prestar uma homenagem, bem humorada, a esse gênio artístico que se chamava Oscar Niemeyer. Obrigado por ter existido!

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Operação Táxi Legal

Operação Táxi Legal
A Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro começou, a partir deste sábado, uma operação para reprimir os taxistas que não agem corretamente no exercício da profissão. Neste domingo, aproveitando o gancho do show da Madonna, foi realizada uma operação com intuito de reprimir os que agem de má fé, sem nenhum respeito ao consumidor e muito menos aos seus iguais que trabalham na legalidade. Esses motoristas de praça inescrupulosos, que desrespeitam o valor da corrida pelo taxímetro, utilizam a cobrança no tiro ou seja, eles determinam o valor que querem cobrar e quem
Marca do projeto
padece é o usuário. Uma grande medida tomada pela Prefeitura e pela Secretaria Municpla de Transportes.
Para essa operação foi criada uma I.V. composta por camisetas personalizadas, backdrop, balões, etc...A operação cujo modos operandi é muito próximo ao da Rafael Esteves e a intenção é ter desdobramentos. Acho que essa dupla tem tudo para dar certo.
operação Lei Seca, tomou-se como base da I.V. as cores amarela, numa alusão aos táxis amarelinhos, a sinalização de trânsito de advertência, que combinada com uma placa de regulamentação de táxis, criou uma identificação de fácil interpretação e que com retroiluminação criou uma visibilidade para longa distância.O projeto de I.V. foi desenvolvido em parceria com
Espero que os taxistas colaborem e comportem-se com cidadania.O rio merece e agradece!
Vamos que vamos!

domingo, dezembro 02, 2012

Imagens para Duratrans

Ter um filho muda tudo!
Ter um filho muda tudo!
 Imagens para Duratrans tem que ter muita, muita qualidade, não que outras não devam ter,  mas pela proximidade na visualização e a luz por trás com certeza  potencializarão os defeitos. Então não economize, coloque muitos pontos por polegada, medidas em pixels com exatidão, escolha fotos com alta resolução, quando você for prepará-las saiba escolher e editá-las com muito carinho, lembrem-se as imperfeições aparecerão com muita facilidade e ampliadas, não pensem que o cliente vai mandar uma foto do Sérgio Guerra  ou do Duran, o mais provável é que te entreguem uma foto tirada com uma máquina digital qualquer, realizada pela filha(o),sobrinho(a), esposa, etc...em baixa resolução, sem enquadramento, sem foco, luz, etc...(antigamente era pior vinham em papel), não se desespere dê seu jeito você é capaz! As
Ter um filho muda tudo!
imagens aqui postadas tem histórias próximas pelas dificuldades na confecção. darei seus relatos em breve.Primeiro vamos falar das imagens, elas devem ter alta resolução? Não necessariamente! As que eu usei não tinham, mas retoquei-as e aumentei a granulação em todas, para vocês terem uma idéia elas foram tiradas de materiais impressos da J&J, editadas, redimensionadas e salvas como tif.
Drogarias Descontão!
E, também, tem a história da nossa modelo improvisada que acabou fazendo um grande sucesso!
Ter um filho muda tudo!

sábado, dezembro 01, 2012

Duratrans - Uma breve descrição

Duratrans são mais frequentemente utilizados para criar os fundos que aparecem atrás de apresentadores ou âncoras de notícias, também são usados em peças de teatro como pano de fundo em que aparecem atrás dos atores, em cartazes de cinemas iluminados, propaganda em displays de lanchonetes, etc.. Duratrans são para pequenos formatos e tem um preço superior aos translites, mas com acabamento infinitamente superior e translúcido. O nome Duratrans é uma marca registrada da Kodak, sendo que algumas vezes, ele é associado como um termo genérico para impressões displays retroiluminados, mas o termo genérico correto para cartazes de cinema, propagandas e outros que são iluminadas por trás é translites. Translites são normalmente de 15 cm a mais de cem metros de comprimento e 12cm a 40 metros de altura. Na maioria dos casos, translites tem comprimento maiores que a largura, a imagem é impressa por transferência em poliéster ou plástico (em uma película transparente), também pode ser pintado sobre um material semi-transparente, tal como poliéster ou uma folha de plástico. Depois de impresso ele é esticado perpendicularmente e aplicado no piso, numa parede ou numa porta, numa janela ou uma série de janelas. Duratrans são sempre iluminados por trás com luzes montadas perpendicularmente ao chão ou em caixas de luz, devendo ser aplicado no espaço entre o conjunto dentro de um pet em acrílico e a parede de fundo, fazendo com que o fundo fique bem iluminado dando a aparência de profundidade. Translites são usados para imprimir imagens fotográficas ou imagens de computador prestados sobre o material usando impressoras de grandes formatos. Muitos translites existentes foram criados por impressão em uma câmara escura fotográfica e um ampliador mural, projetando em uma tira de filme de até 32 pés ou 9,8 m de largura. Estas peças são montadas no tamanho final por costura. Um verniz fosco é adicionado para terminar o acabamento nos impressos de poliéster ou plástico, esse verniz serve para proteger a imagem.
Ou seja o que difere Duratrans de um translite é a qualidade, a marca registrada e o processo de confecção! Existem outros processos; Duraclear = impressão fotográfica transparente; Backlight = impressão plotada em poliéster ou plástico transparente. Na minha cabeça é tudo uma questão de nomenclatura e aplicabilidade.
Fonte: wikipedia
Kodak 
Eu, particularmente, usei muito Duratrans nos meus trabalhos em redes de lojas, pelo acabamento que é de alta qualidade e pelos detalhes das fotografias mais elaboradas, o que não encontrei nos translites, acho que eles (translites) tem uma aparência de desbotado e de foto velha. Duratrans são mais caros mas a qualidade é visível, mesmo para quem é leigo! Em propaganda imagem é tudo!
Mais uma vez acho tudo isso muito engraçado, hoje é uma febre e nós começamos a usá-lo há muito tempo atrás e os clientes reclamavm do custo, usei translites e na maioria das vezes desbotavam rapidamente, hoje tem pessoas que se acham geniais por trabalharem com esse tipo de material, que chegou no Brasil no começo do século 21...tsc
 Exemplos de Duratrans empregados em trabalhos para rede de farmácias.

 

terça-feira, novembro 20, 2012

Vaidade...

Vaidade
Acho tão engraçado alguns colegas de profissão, tem gente tão, mais tão vaidosa...que com vergonha de dizer que desconhece determinado assunto, me pergunta as coisas via e-mail ou como anônimo. Tsc!...Eu nunca tive vergonha de perguntar nada, acho que assim demonstramos interesse e, dependendo do tipo de pergunta, faz com que a pessoa que está sendo consultada pesquise mais para ter uma resposta bastante objetiva, ainda mais nos dias de hoje que temos vários "gênios" na internet, com a sua genialidade Ctrl C + Ctrl V.
Tenho citado alguns trabalhos aqui, postei material sobre eles e claro que falo apenas daquilo que desenvolvi e executei, não sou sabedor de tudo ou seria um gênio, estou longe disso, muitas das empreitadas que estão aqui descritas foram realizadas em equipe.
Não sei falar de assuntos que não me são afetos (ROI - por exemplo).
Querendo consultoria identifique-se que eu repasso seu e-mail para o profissional capacitado.
Abraço! 
P.S. A propósito a imagem ao lado, copiei na internet de um BLOG, que toca nesse assunto: "Vaidade"! Copiei de propósito ela retrata bem o que quero dizer, inclusive com relação a genialidade GOOGLE + Ctrl C + Ctrl V. Tem um link na imagem e conheça o conteúdo.

Wallpaper do BLOG

Ontem me fizeram algumas perguntas sobre o wallpaper do meu BLOG:
Fundo de repetição (definitivo)
  1. Quem havia produzido?
    Eu;
  2. Porque não coloquei elementos mais modernos como representação da profissão?
    O designer usa essas ferramentas para elaborar e finaliza no computador, não vejo com bons olhos projetar direto na tela (mas sei fazê-lo) e além do mais sou desse tempo, então porque não colocar um par de esquadros, transferidor, lápis, um PC do século passado, etc, etc ?...rs;
  3. Porque da opção das cores?
    Para lembrar minhas origens na prefeitura e sua I.V. (azul), mas testei outras e como gosto da minha escola resolvi fazer uma homenagem;
  4. Como criou o efeito de ladrilho sem deformar?
    Ahhhh, usei um macete!...editei em HTML e personalizei o formato de acordo com a média dos tamanhos de monitores wide 21', deve dar uma diferença pequena aqui e ali, massss...; 
  5. Qual foi o processo?
    Bom, primeiro fiz os desenhos no Corel, mas poderia ser em qualquer programa gráfico, Illustrator, FreeHand, 3D Studio,etc...; depois formatei-os em pixels, exportei em JPEG, editei no Photoshop, testei no DreamWeaver e salvei;
  6. Inseri a imagem pelo template do site, ajustei-a;
  7. Pronto, nada de mais.

Fundo em amarelo (teste)
Cabeçalho
Não estou usando
Confecção em Corel
Acho que, para quem não domina html, xml, dhtml, asp, java ou outra linguagem para internet, o ideal é optar pelos templates existentes nos provedores dos BLOG´s, são simples e fáceis de manuseio, o do blogspot é facílimo, experimente! E todos vem com um menu Help(ajuda) ensinando personalizá-los sem muita dificuldade. Mas se você quer fazer algo mais apurado em HTML e não sabe mexer em programação, não tente sem antes ter uma cópia dos códigos. ok?! Na internet existem várias dicas sobre HTML e editores gratuitos, mas cuidado tem muita porcaria, vírus, malwares, phishings, etc...tem um monte de gente mal intencionada querendo atrapalhar a vida alheia.
Tchauu!

domingo, novembro 18, 2012

Ambientação e decoração de PDV´s

Mascote da J&J

Móbiles dos mascotes
Agora que entrei nesse assunto de loja, percebi que fiz uma descrição suscinta do que realmente é um PDV, principalmente ao que tange a ambientação e decoração. Não posso deixar de usar como referência o PDV´s da linha infantil que projetamos eu e Orlando Lomardo para as redes de farmácia naquela período (2001 a 2008). Todo fundamentos básicos de marketing foram utilizadas nesse empreendimento: o visual, auditivo, o tátil e olfativo. Mas como assim? De que maneira? Usando elementos que compunham uma imagem limpa, objetiva, atrativa para o consumidor e facilitando sua percepção dos sentidos nos produtos expostos no mobiliário sem
competição entre os mesmos. É óbvio que na arrumação das mercadorias seriam dispostas de acordo com o grau de interesses dos fabricantes em parceria com o comércio, evidenciar este ou aquele produto era sazonalmente decidido de acordo com as necessidades do mercado. O uso da televisão (hoje tão comum), foi usada como uma ferramenta de entretenimento da criançada, ampliando o tempo de escolha dos produtos
Móbiles
sem se preocupar com a impaciência da criança em permanecer num mesmo local durante um longo período. Para compor a distração infantil, foi acoplado um vídeo cassete(coisa antiga, hoje seria um pendrive!) que fornecia um passatempo para a criançada com desenhos e um pour pouri de filmes infantis que, além de distraí-los, atuava como ponto de venda dos mesmos e sem ônus para o comércio e indústria, formalizando mais uma parceria comercial. Em suma tudo muito bem pensado e problema da concorrência entre produtos. 
O posicionamento das mercadorias no móvel/gôndola foi dimensionado em graus de importância e começando de baixo para cima. Essas faixas começavam pelo uso do gaveteiro como um mini depósito de reposição de mercadorias era o único posicionamento fixo, as demais faixas de mercadorias eram variáveis em função sazonalidade do mercado ou em função dos acordos comerciais entre indústria e comércio, a pessoa do repositor era peça fundamental nessa operação. Um móvel infantil com produtos tão coloridos e de grande valor agregado não pode ser considerada, apenas, a compra por necessidade ou então corremos o risco de só vender fraldas, era tudo muito bem pensado, sinalização diferenciada e com muito suporte de material gráfico. Móbiles no teto, testeiras promocionais coloridas, duratrans com backlight, brindes, sorteios e o Floor graphics no piso compunham a ambientação dos primeiros PDV´s. Após fixação da idéia do PDV, a parafernália foi diminuindo e ficando mais clean como descreveremos adiante. Numa primeira instância era carnavalesco propositalmente, corremos um risco imensurável de tudo dar errado e inveredarmos por um caminho sem volta: o descrédito na praça. O material gráfico, de ambientação, projeto do mobiliário,etc, etc,...ou seja toda parte de design era de minha inteira responsabilidade, mas o conteúdo, o posicionamento, as promoções, as ações de meshandising, etc...eram decididas entre a indústria e os representantes do comércio ou seja, era tudo um grande contrato de risco...
Móbiles
Móbiles
Móbile Balão
Planograma de instalação dos móbiles
Acho engraçado as avaliações que as pessoas dão para material visual gráfico: é bunitim!; bem colorido né?!; bem bolado; tão feio; tá bunitinhú; gostei; não gostei; etc...simples assim! Não fazem a menor idéia do trabalho que dá para produzir um material de qualidade, lamentável!...As crianças e mascotes do "Cantinho Infantil", por exemplo, as imagens não eram fornecidas pela indústria editadas ou produzidas, na maioria das  vezes vinham em baixa resolução ou retiradas de algum material gráfico já impresso ou outro método, tínhamos que editar e compor ou recompor cada uma delas, elaborá-las, enviá-las para aprovação e tudo isso com aqueles prazos exíguos. No caso dos encartes, especificamente, o material era separado pelo Orlando Lomardo da indústria ou diretamente do comércio, então era feito um recibo de retirada sobre nossa responsabilidade, este material era enviado para o fotógrafo Luiz Alberto Medeiros que fotografava com fundo chroma key, em alta resolução e depois eu editava, variando a definição para cada material. Algumas, felizmente, já existiam num catálogo em alta na página da indústria, que facilitava um pouco, mas a maioria das vezes erámos nós que executávamos tudo.
Mas enfim, dava tudo certo! O sucesso foi total e se expandiu, como veremos adiante e hoje virou lugar comum, acho que o mercado está precisando de um novo "UP" diferencial.

segunda-feira, novembro 12, 2012

Design interativo(assistivo) para uma nova pirâmide etária

Pirâmide etária absoluta
Clique para ampliar ou ir para IBGE 
Tenho acompanhado as estatísticas sobre a mudança da pirâmide etária brasileira e percebi a necessidade que nós população e, principalmente, nós designers discutirmos nosso posicionamento em relação a essa mudança radical de valores. O que estamos pensando em matéria de design para as faixas etárias ascendentes da população? Seja no que tange a industrialização de produtos para essa faixa, seja em acessibilidade, sinalização,etc...
Se observarmos as pirâmides gráficas do IBGE relacionadas ao assunto(muito interessante), veremos nossa população está envelhecendo e rápido, acredito que não estamos preparados para esse envelhecimento precoce.
Pirâmide por sexo e idade
Clique para ampliar ou ir para IBGE
A tecnologia pode ajudar? Mas de que maneira? Interatividade? Talvez!...Temos que analisar que essas faixas também possuem, em tese, uma situação financeira mais estável, também é consumidora, determinada e muito exigente.Acho que até o material gráfico deveria ser revisto! Tenho muita dificuldade em ler o material despejado pela indústria, as sinalizações mal feitas, jornais, manuais, bulas..., seja pela tipologia empregada, seja pelo tamanho da fonte, cor, etc...E ainda não cheguei na terceira idade! Acho que essa discussão é muito maior que apenas um texto de um blog, de uma profissão ou de um indivíduo, é uma discussão de todos.
Vamos começar pelo material gráfico, que parece ser o mais rápido e fácil de explicar:
- O tamanho das fontes usadas são de fácil leitura;
Na maioria das vezes, não! A tipologia ideal deve ser bastonada e a fonte nunca menor que corpo 12( e olhe lá!!!!);
- Manuais e catálogos são compreensíveis?
Acho que só para quem o elaborou, pior ainda quando o produto é fabricado na China acho que nem eles entendem o que escreveram ali;
- As telas touchscreen são de fáceis masuseio e entendimento?;
Para quem está entrosado com o meio tecnológico é bem simples, mas para o leigo e idosos, isso somado com as pictografias empregadas...tsc;
- Os pictogramas são inteligíveis?
Nem um pouco, até para alguns jovens;
- Sinalizações nas cidades informativas tem boa visibilidade?(não é de trânsito);
Que sinalização?!;
- Os mapas são turísticos são esclarecedores?
Qua mapa? Da onde?Isso é um mapa? Está de cabeça para baixo!...; 
- Etc...;
Acredito que nós designers, arquitetos, publicitários, engenheiros, etc...deveríamos nos reunir junto com as diversas camadas, desta nova sociedade, e elaborarmos um plano conjunto visando normatizar uma série de novidades que surgirão com esse novo perfil de sociedade.


ESTÃO ME COBRANDO A CONTINUAÇÃO DOS COMENTÁRIOS SOBRE  MATERIAL GRÁFICO PARA A NOVA PIRÂMIDE ETÁRIA, SÓ QUERO DEIXAR CLARO QUE ESTOU PESQUISANDO E O QUE VOU ESCREVER, REFLETE APENAS,A MINHA OPINIÃO PESSOAL, NÃO É UM POSICIONAMENTO DE ÓRGÃOS OU ASSOCIAÇÕES NORMATIVAS.
OBRIGADO!

quinta-feira, novembro 08, 2012

Conceito do "Store in Store"

O conceito do "Store in store" não é novidade, o que hoje virou uma febre da indústria e do comércio, existe há muitos anos, contrariando o que muitos, colegas, apresentam como inovador com esse tipo de merchandising. A idéia, basicamente, é a implantação de um PDV - ponto de venda, diferenciado dentro de uma loja, de preferência sem agredir, podendo ser uma gôndola, um espaço, um mobiliário, uma lojinha ou outro tipo de interferência diferenciado.
Proposta 1 (gôndola tradicional)
Móvel simples
No início do século XXI (parece que foi ontem), mais precisamente no ano de 2001, fui convidado pelo executivo de marketing Orlando Lomardo para desenvolver um projeto de parceria entre a indústria farmacêutica, que ele representava, e as redes de farmácias. O projeto que consistia em alavancar as vendas de uma linha infantil da indústria farmacêutica com um PDV diferenciado, ações múltiplas de marketing e mershanding. Para o leigo ou aquele que acredita que marketing não é ciência, logo imagina: "Oras, é só fazer um material de propaganda criativo e chamativo direcionado para as mães e crianças, alguns brindes, etc!"...Não  é bem assim! Tem toda uma ciência por trás e técnicas mistas e investimento. Dinheiro investido é dinheiro comprometido. Além disso tem cronograna de retorno do investimento ou então o investimento vira prejuízo. Mas como seduzir os consumidores? Como atraí-los para dentro das lojas? Qual seria o comportamento desse consumidor diante do inesperado? Como criar algo diferenciado e agradável, mas sem sair do convencional? Como esse mobiliário poderia alavancar as vendas? Como aplicar esse conceito sem agredir o resto dos expositores? As mães e futuras mamães tem que ter algum entretenimento? E crianças deverão ter uma área de lazer? Pensamos em várias soluções, play-grounds com entretenimentos(imagine a bagunça e um acidente?Crianças são imprevisíveis), jogos infantis, brindes,etc...Bem, como diria um velho ditado: Duas cabeças raciocinam melhor do que uma, no nosso caso eramos três(nós e a representante da rede). Enfim chegamos a uma conclusão: que tal um quartinho de Bebê, com tudo isso, mais toucador e sem o risco dos acidentes de um playground?! Óbvio, né! Que nada...ninguém ousava a sair do trivial, mas uma rede de farmácias inovadora e vanguardista, topou e emplacamos, assim, nosso primeiro trabalho.
Móvel sem ambientação
Móvel com ambientação parcial
Depois daquele brainstorm tradicional, com várias propostas de PDV, concluimos que o ideal era, além de criar um mobiliário típico de quarto de bebê, termos uma ornamentação e uma ambientação periférica e, assim, criamos uma gôndola com cara de mobiliário infantil! Ficamos entre o corner e o store, propriamente dito, como diriam os puristas de marketing. Então, desenvolvemos estantes para quarto de crianças, com gaveteiro, televisão, testeira coloridas, etc...e para diferenciar colocamos testeiras para dar um toque comercial na coisa...ficou horrível! Os primeiros estudos não foram os melhores eram agressivos demais, interferiam no fluxo das lojas, extrapolavam nas cores, enfim, não agradaram. E como faríamos para industrializar o mobilário, planejar os espaços de acordo com as diversas metragens sem onerar o preço? Fizemos um levantamento pensando no que havia de disponível no mercado:
  1. Displays de papelão;
    Mas ficaríamos presos as formatações, as diversas metragens de espaços e suas adequações,  a uma vida útil limitada.
  2. Gôndolas de aço;
    Horríveis, com cara de supermercado (porém bem mais baratas), pesadas demais para representar um quarto infantil.
  3. Display em acrílico ou spectar moldado com efeitos futuristas;
    Futuristas de mais e caríssimos;
  4. Móveis comuns de crianças;
    Lugar comum e não era um quarto de criança que queríamos.
  5. Móveis infantis planejados e articulados;
    Talvez estivesse aí a boa idéia.
  6. Etc;...
Em tese, tudo muito fácil! Fácil? Talvez para os dias de hoje, mas naquela época tudo era novidade e muito receio no investimento, afinal estávamos em pleno período de recessão.
Loja Barra Shopping
Floor Graphics Barra Shopping
Como o primeiro estudo não foi aprovado, partimos para um estudo mais profundo de observações sobre o comportamento das mães com ou sem bebê no colo, percebemos que criança não tem muita paciência para ficar muito tempo sentadas em frente a um objeto inanimado e sem cores. Eureka! Daí saiu nosso primeiro grande trunfo: TV com desenho animado! Grande novidade!?...diriam alguns dos marketeiros Ctrl C + Ctrl V. Hoje é mole e além do mais depois de implantado e testado tudo é fácil! Naquela época era na base do vídeo cassete, DVD tinha um preço distante. E o piso? Placas de EVA emborrachadas personalizados...grande idéia! Mas e o custo? A manutenção? E o perigo de uma criança se acidentar? Onde achar fabricantes que personalizassem o EVA em pequena quantidade? Atualmente você tem uma ferramenta chamada Google que se encontra de tudo em qualquer lugar do Brasil e do mundo, naquela ocasião era como tirar leite de pedra, difícil de achar e caros! Mas,enfim, encontramos uma solução rápida e barata: Floor Graphics, passadeira promocional ou outro nome qualquer em inglês, que alguns colegas adoram usar para impressionar. Sabe aquela propaganda adesivada no chão tão comum hoje (não era), só que ao invés de propaganda apenas , fizemos um tapete com motivos infantis agregados aos mascotes promocionais da marca !
Mascotes promocionais
Mascotes promocionais
O móbiliário era constituido de várias estantes/gôndolas brancas, sem cantos vivos, cantos boleados em tons pastel, uma testeira colorida, móbiles no teto, gaveteiros na parte inferior e backlights em duratrans. Eram realmente muito chamativos. Cada um dos ítens relacionados tinha um porque que descreverei adiante no detalhamento de ambientação.
O importante é que emplacamos nosso primeiro projeto, talvez vocês achem primário para os dias de hoje mas um grande mudança para a época. Criamos uma identidade visual para os produtos da linha infantil, crescemos saindo de apenas uma rede de farmácia para outras, criando uma nova forma de ver pela concorrência e alavancando as vendas. O projeto era tão bom que foi reproduzido(para não dizer copiado) na essência pelos concorrentes, achei uma imagem de um projeto que se não é idêntico é bem próximo do nosso.
Testeira Bonsucesso
Simulação
Móvel Bonsucesso

Móbiles Barra Shopping
Concorrente

segunda-feira, setembro 17, 2012

Pictogramas para Idosos e outros

PICTOGRAMAS DA ABNT

Olá!  I'm back...

Estive ausente, mas para me manter atuante, resolvi falar sobre o pictograma adotado para os idosos. Sei que tenho o expertise, tenho a experiência, algum domínio  sobre o tema e que poderia simplesmente executar minha tarefa e pronto, mas acredito que deveríamos ter uma discussão maior sobre a abordagem do tema e consultarmos a outra parte interessada: Os idosos. Não achei nada legal a forma empregada pela ABNT para identificar o idoso, estão representando o idoso ou um moribundo? Enfim...isso é o que está sendo usado(veja na placa ao lado).
Neste mês me foi solicitado um estudo para um material gráfico destinado aos idosos (antes de mais nada friso que design é um técnico e não apenas um artista, ainda mais quando se lida com linguagem universal de comunicação). Então, ao invés de criar algo "bonitinho" e com uma linguagem fisiológica, procurei pesquisar as pictografias existentes no mundo e sintetizá-la num desenho que representasse um somatório de tudo, em uma referência inteligível universalmente(estamos em tempo de eventos mundiais)... Não pude!. Como trabalho em um órgão público tenho que usar algo que tenha sido definido pela ABNT ou ANTT ou outro órgão gestor de normas, numa primeira instância procurei ser o mais fidedigno possível ao proposto pela ABNT. Não deu! Ruim de mais, depreciativo a terceira idade!...Vejam acima e à esquerda! Não sei quem executou e nem quem propôs esses pictogramas, mas eu me sentiria excluído e descriminado se fôsse representado dessa forma, prestem bem a atenção no idoso e no obeso! O obeso até dá para aceitar mas o idoso, coitado, parece que vai cair! Tentei mudar mas não foi possível, existem regras, então sugeri algo menos agressivo e é o que será usado (embaixo à direita), apesar de não ser o ideal. Pior, ainda, é a placa proibição de travessia de idosos que encontrei na web (felizmente ela não existe oficialmente em sinalização), a barra de proibição além de estar errada, ainda parece uma procissão de idosos para o enterro (craaiooo)! Gostaria de dizer aos senhores e senhoras que não fui eu quem criou os pictogramas e nem a placa, também NÃO FAÇO a menor idéia de quem tenha criado, apenas reutilizei-o para não ficar distante do oficial. E como filho de uma mãe idosa (80 anos) e bastante ativa (minha mãe faz dança do ventre), sei que não é assim que vocês são.
PICTOGRAMA
Lamentável
Desculpem amigos da terceira idade, lamento pelo que foi concebido! Acho que deveríamos realizar um concurso nacional para escolha de um pictograma representativo, realizar um estudo profundo levando em consideração a ótica do idoso, a visibilidade, a compreensão, seu o universo, a acessibilidade, algo condizente, atual  e não apenas vendo o lado (pouco) criativo da criação.
Um beijo para todos os idosos.


Fonte: Pictogramas ABNT/Transporte